Foto: Renan Mattos (Arquivo Diário)
Amostras de água coletadas
A prefeitura de Santa Maria e o governo do Estado divulgaram, na sexta-feira, mais uma atualização do boletim de investigação do surto de toxoplasmose. De acordo com o documento, o número de casos confirmados da doença chegou a 703 - 56 a mais em relação ao boletim anterior, do dia 10 de agosto, que apontava 647 confirmações. O boletim é atualizado a cada 15 dias.
Mesmo com a diminuição na intensidade do surto de toxoplasmose na cidade - novos casos ainda estão surgindo, mas em menor número (veja mais abaixo) -, a prefeitura orienta que a comunidade siga tomando as medidas de prevenção, como consumir apenas água mineral ou fervida, higienizar de maneira adequada os alimentos e manter a regularidade na limpeza das caixas d'água das residências.
:: Leia todas as notícias sobre o surto de toxoplasmose em Santa Maria ::
SITUAÇÃO ATUAL DA INVESTIGAÇÃO DO SURTO
Busca-ativa - Segue em curso por tempo indeterminado. De acordo com o responsável pela Vigilância em Saúde, foram feitos mutirões nos finais de semana para aplicação dos questionários e entrevistas com pacientes. Ainda restariam aplicar cerca de 200 questionários remanescentes
Exames e monitoramento - A principal suspeita da origem de contaminação do surto de toxoplasmose é a água. De acordo com a Vigilância em Saúde, ainda faltam chegar os resultados de 10 amostras coletadas durante a limpeza dos reservatórios da Corsan. Todas as outras amostras deram resultado negativo para a presença do protozoário toxoplasma gondii. Novas amostras da barragem do DNOS serão coletadas. Também serão feitos exames de sangue dos animais criados próximo às margens da barragem. Além disso, a Vigilância ampliou os pontos de captação de água monitorados mensalmente pelo Vigiagua Municipal e redirecionou outras áreas. Também está sendo feito um monitoramento em locais em que não existe o abastecimento de água pela Corsan, como nos distritos
Novos casos - Apesar de chegar em menor número, novos casos ainda estão aparecendo nos postos de saúde do município. A Vigilância em Saúde não afirma, no entanto, que já saímos do surto, mas há, segundo o órgão, uma probabilidade de que esses novos casos sejam endêmicos, e não epidêmicos